Coronavírus

Covid-19. "Valorizar os sintomas ligeiros é fundamental para quebrar cadeias de transmissão" 

Vasco Ricoca Peixoto, médico e investigador da Escola Nacional de Saúde Pública, na Edição da tarde, da SIC Notícias.

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O médico Vasco Ricoca Peixoto considera que o número de novos casos diários de covid-19 era expectável e afirma que é necessário começar a valorizar os sintomas ligeiros, de forma a quebrar cadeias de transmissão.

Na Edição da Tarde da SIC Notícias, o médico e investigador diz que é "natural" nesta fase atingir novos máximos todos os dias e, por isso, é difícil que as medidas tenham um impacto muito rápido.

Apela ao comportamento individual de cada um e defende que, se todos os cuidados tivessem sido mantidos, "não estaríamos nesta situação".

Sobre o confinamento, reconhece que a mobilidade não aconteceu na mesma dimensão, nem na mesma velocidade do que na primeira vaga, mas acredita que dentro de semanas, deverá ser possível começar a ver um impacto, "se as coisas forem bem feitas".

Para Vasco Ricoca Peixoto, a valorização dos sintomas ligeiros é uma das coisas fundamentais para quebrar as cadeias de transmissão.

Quando às novas variantes, o médico diz que, pela mobilidade do vírus em todo o mundo, vão sempre aparecer novas estirpes. Defende que é preciso reagir rapidamente e afirma que Portugal "não valorizou bem" o alerta inicial do Reino Unido.

"Quando as novas variantes são descobertas e reconhecidas em termos laboratoriais, já estão espalhadas por muitos países no mundo."

PORTUGAL REGISTA NOVOS MÁXIMOS DE MORTES E CASOS DE COVID-19 EM 24 HORAS

Portugal regista esta quinta-feira mais 303 mortes em consequência da covid-19 e 16.432 novos casos de infeção, segundo o relatório de situação da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Desde o início da pandemia, Portugal contabiliza 11.608 mortes e 685.383 casos de covid-19, estando esta quarta-feira ativos mais 7.183 casos em relação a ontem, totalizando 180.076.

Quanto aos internamentos hospitalares, o boletim epidemiológico da DGS revela que estão internados 6.565 doentes, menos 38 em relação a quarta-feira, dos quais 782 em cuidados intensivos, menos um.