O INEM está sob suspeita depois de ter vacinado contra a covid-19 diretores, assessores, informáticos e outros profissionais que não são prioritários. Em comunicado, o Instituto de Emergência Médica nega ter contornado as regras e todas as acusações de favorecimento.
O INEM confirma que recebeu as vacinas que pediu, mais de 1.170 doses da Pfizer-BioNTech apenas para os profissionais prioritários, mas quando a vacinação arrancou, a 4 de janeiro, nem todos os elegíveis puderam receber a vacina ou porque não compareceram num dos quatro centros regionais do INEM no Porto, Coimbra, Lisboa e Faro, ou à data da vacinação não reuniam as condições para a imunização por contraindicações, como apresentarem sintomas de doença.
O Instituto de Emergência Médica fala num processo complexo a vários níveis que não conseguiu prever no início o número de doses efetivamente necessárias no final. Isto porque os frascos trazem excedente de 5 para 6 doses em muitas ampolas e as vacinas têm prazo de validade. Após o descongelamento têm de ser administradas até 120 horas.
Ainda assim, sobraram 12 frascos por abrir e que foram distribuídos por dois Agrupamentos de Centros de Saúde da região num processo articulado com as ARS de Lisboa e Vale do Tejo e do Centro após serem confirmadas as condições logísticas para que as vacinas fossem administradas em horas.
O INEM garante uma gestão rigorosa e transparente das vacinas que recebeu e diz que inconcebível seria desperdiçar vacinas contra a covid-19.