Coronavírus

Covid-19. Primeiro-ministro define objetivo de vacinar 1,4 milhões de portugueses até abril

Já foi administrado meio milhão de vacinas.

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O primeiro-ministro definiu este sábado como objetivo vacinar 1,4 milhões de portugueses até "ao princípio de" abril.

"Na semana passada, ultrapassámos o meio milhão de vacinas já administradas, o objetivo que temos é que, até ao princípio de abril, consigamos cumprir o objetivo de vacinar 1,4 milhões de portugueses entre aqueles que estão nos grupos de riscos prioritários e os que prestam serviços nos serviços essenciais", afirmou António Costa.

A meta foi anunciada no final de uma visita ao Quartel de Conde de Lippe, na Ajuda, em Lisboa, um dos locais onde este sábado arrancou o processo de vacinação contra a covid-19 de efetivos da GNR e PSP.

"Até ao final do verão temos um longo percurso, ainda estamos do inverno, ainda não chegámos sequer à primavera", alertou.

Costa não sabe quando será vacinado

O primeiro-ministro disse ainda não saber quando será vacinado contra a covid-19, mas adiantou que já existem "membros do Governo e deputados" inoculados, assegurando que quando for chamado lá estará "para dar o ombro à vacina".

Até março chegam menos de metade das vacinas previstas. Atrasos compensados no verão

No quinta-feira o primeiro-ministro lamentou a redução “muito significativa” do número de vacinas de que o país vai dispor no primeiro trimestre do ano relativamente ao que tinha inicialmente sido contratado pela União Europeia.

“Se as farmacêuticas tivessem cumprido o contratado, teríamos 4,4 milhões de doses no primeiro trimestre, o que permitiria vacinar mais de dois milhões de portugueses”.

Devido aos atrasos, Portugal vai receber apenas 1,9 milhões de doses, o que significa que a capacidade de vacinação no primeiro trimestre vai ser cerca de metade do que era previsto.

Questionado pelos jornalistas sobre as metas da vacinação, afirma que se mantém o objetivo de 70% da população vacinada até ao final do verão. Reitera, no entanto, que para os objetivos serem cumpridos, é preciso que a vacina seja produzida em quantidades suficientes e entregue nas quantidades contratadas.

Grupos prioritários não serão alterados devido à escassez de vacinas

Os grupos prioritários previstos no plano de vacinação contra a covid-19 não serão alterados apesar dos atrasos no fornecimento de vacinas, garantiu na terça-feira o novo coordenador da task force.

"Não faria sentido mudar as prioridades porque não há vacinas", disse o coordenador do plano de vacinação contra a covid-19, Henrique Gouveia e Melo, lembrando que a forma como as pessoas foram priorizadas para serem vacinadas "tem muito a ver com os riscos e patologias".

Gouveia e Melo, que sucedeu a Francisco Ramos na coordenação da task force, mostrou-se desfavorável a que a estratificação passe a ser feita por idades, alegando estudos que defendem que "atacar as comorbilidades salva mais pessoas do que atacar por faixas etárias decrescentes".