Vasco Peixoto, médico investigador da Escola Nacional de Saúde Pública, salientou na SIC Notícias que ainda estamos numa fase inicial da vacinação contra a covid-19.
"É bom que toda a gente perceba que vamos ter de continuar a controlar a transmissão", afirmou.
Na Edição da Tarde, apelou a que sejam comunicadas informações sobre as metas que estão a ser atingidas com os grupos de risco. Disse ainda que devia haver mais previsões para as restantes pessoas que não estão na fase prioritária. O médico defende que essas previsões de vacinação podem "tranquilizar as pessoas".
O especialista considerou que é importante haver mensagens positivas sobre a prevenção individual, uma vez que "vamos ter de estar preparados quando as medidas começarem a reduzir". E salientou:
"Quando sairmos do confinamento entramos, como todo o mundo, outra vez numa corrida entre o aparecimento de novas variantes e a vacinação".
Questionado sobre o alargamento de testes a todos os contactos com infetados, Vasco Peixoto defendeu que é mais importante alargar a definição de "caso" para que as pessoas com combinações de sintomas, como dor de cabeça e dor de garganta, sejam testadas.
O médico foi mais longe: lembra que entre 20 a 30% das pessoas infetadas com covid-19 não têm tosse, febre nem perda de olfado, mas têm outros sintomas. "Devíamos pensar seriamente e alargar a testagem a outros sintomas", defendeu.
Sobre o portal da vacinação, afirma que é importante as pessoas conseguirem aceder ao site, "especialmente nesta fase em que o nosso critério combina idade com comorbidade".