Coronavírus

Inspeção-Geral das Atividades em Saúde abre onze processos por vacinação indevida

Processos surgem depois das fiscalizações.

Inspeção-Geral das Atividades em Saúde abre onze processos por vacinação indevida

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde abriu onze processos por vacinação indevida - um processo de inspeção transversal ao sistema de saúde, três de fiscalização nos setores privado e social, seis de inquérito no SNS e um de esclarecimento também ao SNS.

Os processos surgem depois das fiscalizações revelarem indícios de irregularidades na vacinação de pessoas que não eram elegíveis para a primeira fase do plano.

Ministério Público já instaurou 33 inquéritos

O Ministério Público já instaurou 33 inquéritos relacionados com irregularidades na vacinação contra a covid-19, entre os quais a IPSS de Castelo Branco, Farminhão, Resende e Trancoso e a responsáveis autárquicos de Lisboa, Portimão e Reguengos de Monsaraz.

Dos 33 inquéritos respeitantes a irregularidades relacionadas com o plano de vacinação contra a covid-19, sete foram na área da Procuradoria-Geral Regional de Lisboa, oito na área do Porto, 10 na área de Coimbra e oito na área da Procuradoria-Geral Regional de Évora, refere o Ministério Público numa resposta enviada à SIC.

"Atentas algumas questões específicas colocadas pela imprensa, esclarece-se que, para além de situações anteriormente confirmadas, foram, designadamente, instaurados inquéritos relativamente a factos noticiados relativos a instituições particulares de solidariedade social de Castelo Branco, Farminhão, Resende e Trancoso ou relacionados com a vacinação de responsáveis autárquicos de Lisboa, Portimão e Reguengos de Monsaraz", enumera.

O Ministério Público já tinha instaurado inquéritos ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) de Lisboa e do Porto e a factos noticiados ocorridos em Portimão (Centro de Apoio de Idosos), Vila Nova de Famalicão, Arcos de Valdevez, Bragança, Seixal e Montijo.

Os casos de vacinação indevida continuaram a aumentar e a provocar demissões, incluindo a do coordenador da task force para o Plano de Vacinação contra a covid-19 Francisco Ramos, que foi substituído pelo vice-almirante Gouveia e Melo, que já integrava este grupo de trabalho.