Coronavírus

Israel vai vacinar 100.000 palestinianos que trabalham no país

Ministério da Saúde palestiniano não especificou quando começaria esta campanha de vacinação ou os critérios que vão ser utilizados.

Israel vai vacinar 100.000 palestinianos que trabalham no país
Francisco Seco

A Autoridade Palestiniana anunciou esta sexta-feira um acordo com Israel para a vacinação contra o SARS-CoV-2 de 100.000 palestinianos que trabalham no território israelita, país onde está a decorrer uma campanha de vacinação massiva.

"Uma reunião entre os ministérios da saúde palestiniano e israelita ocorreu para tentar limitar a disseminação das novas variantes" do SARS-CoV-2, disse a tutela palestiniana em comunicado, citado pela France-Presse (AFP), acrescentando que "foi acordado vacinar 100.000 palestinianos que trabalham em Israel".

Contudo, o Ministério da Saúde palestiniano não especificou quando começaria esta campanha de vacinação ou os critérios que vão ser utilizados.

Contactadas pela AFP, as autoridades israelitas não confirmaram o acordo anunciado pela fação palestiniana.

O Ministério da Saúde de Israel apenas confirmou, em comunicado, que ocorreu uma reunião entre ambas as partes, complementada com um 'briefing' sobre a situação epidemiológica e com uma visita a um hospital.

Israel e os palestinianos compartilham uma realidade geográfica comum, razão pela qual a disseminação da pandemia no território palestiniano "pode ter um impacto" no lado israelita.

No início da pandemia, um acordo firmado proibiu a travessia de trabalhadores palestinianos da Cisjordânia ocupada, obrigando os trabalhadores que quisessem manter os postos de trabalho a permanecer em Israel.

Fontes oficiais revelaram que milhares de trabalhadores palestinianos optaram por ficar no território israelita, onde os salários são mais elevados.

Pelo menos 47% da população israelita já recebeu a primeira dose de uma das vacinas contra o SARS-CoV-2. Por seu turno, no território palestiniano apenas uma parte dos profissionais de saúde foram inoculados.

Israel contabilizou mais de 744.000 infeções desde o início da pandemia, das quais pelo menos 5.530 pessoas morreram.

O território palestiniano registou mais de 117.000 contágios e pelo menos 1.400 óbitos na Cisjordânia, e 54.180 infeções e 540 mortes em Gaza.