O virologista Pedro Simas considera que Portugal tem as ferramentas necessárias para começar a desconfinar sem medo, referindo que é sempre possível dar uns passos atrás.
Numa intervenção na SIC Notícias, alertou ainda para a testagem que será feita nas escolas que servirá de "sentinela" do que se passa nas famílias - muitas delas que frequentam os mesmos estabelecimentos de ensino - e para a possibilidade de rastreio e de quarentena.
Pedro Simas sublinhou também que o Governo espera ter até ao final de abril a primeira fase da vacinação concluída, o que significa que os grupos de maior risco ficarão protegidos.
"Temos todas as ferramentas para utilizar. Temos que desconfinar, temos que começar a experimentar", disse o virologista, alegando que os parâmetros epidemiológicos não vão baixar mais se o confinamento continuar.
Admitiu ainda que os esses mesmos parâmetros irão subir quando começar o desconfinamento, mas Pedro Simas não considera a subida necessariamente má.
"Temos que estar atentos aos números de internamentos para ver se a vacina está a funcionar. O parâmetro mais importante vai ser os internamento", apontou.
Sobre a vacinação, disse ainda que Portugal tem de tentar ao máximo vacinar os grupos de risco, sublinhando que apenas 50% das pessoas com mais de 80 anos levaram a primeira dose da vacina e que na faixa etária entre os 70 e 79 anos - os que mais ocupam as unidades de cuidados intensivos - existe uma percentagem muito baixa de vacinados.
"Se tivermos a primeira fase do plano de vacinação cumprida até ao final de abril, maio já vai ser muito diferente", concluiu.