No Brasil, voltaram os protestos contra Jair Bolsonaro. O Presidente enfrenta o desgaste de uma investigação no Congresso sobre a atuação do Governo perante a pandemia de covid-19.
Luana Araújo foi a médica indicada para presidir a recém-criada Secretaria Nacional de Enfrentamento de covid-19, mas a indicação foi barrada por questões políticas. O seu depoimento reforçou a tese da falta de autonomia do Ministério da Saúde para recusar, por exemplo, o tratamento precoce da doença – que foi condenado pela comunidade científica, mas por várias vezes defendido publicamente por Bolsonaro.
Depois do depoimento da médica, o Presidente fez, à noite, um pronunciamento que não estava marcado. Neste discurso, divulgou a projeção do aumento do produto interno bruto no país - valores esses que são consequência da elevação das cotações na exportação de commodities brasileiras, mas Bolsonaro atribuiu o feito à política contrária ao distanciamento social.
Enquanto Bolsonaro falava na rede nacional, decorriam manifestações em várias cidades – quatro dias depois de a população ter saído à rua em todo o país para protestar contra o Governo.
O Presidente falou também dos planos de imunizar todos os brasileiros adultos até ao final do ano. Os cientistas dizem que o discurso pró-vacinação de Bolsonaro vem com atraso, assim como as doses compradas pelo Governo.
Os especialistas alertam para a ocorrência de uma terceira vaga da doença, ainda mais letal. A covid-19 continua a matar cerca de duas mil pessoas por dia no Brasil.
- Há cada vez mais protestos contra a realização da Copa América no Brasil
- Juíza do Supremo manda abrir inquérito contra ministro do Ambiente do Brasil
- Bolsonaro promete vacinas contra a covid-19 para toda a população até final do ano
- Bolsonaro tem de explicar ao Supremo Tribunal porque aceitou realizar Copa América
- Covid-19. Primeiras vacinas 100% produzidas no Brasil ficam disponíveis em outubro