Em sinal de protesto contra a realização da Copa América no Brasil, os jogadores da seleção brasileira estão em silêncio e ponderam não participar na prova.
A Copa América de 2020 foi adiada para 2021 por causa da pandemia, mas os constrangimentos não ficaram por aí. Colômbia e Argentina eram os países organizadores, mas a menos de um mês do arranque a prova passou para o Brasil, com aprovação do presidente Jair Bolsonaro.
A escolha gerou contestação face ao elevado número de mortes por covid-19 e ao ritmo da vacinação.
Os jogadores da seleção brasileira deixaram de falar à imprensa em protesto. Casemiro, médio do Real Madrid e capitão no jogo desta noite contra o Equador, não foi à conferência de antevisão.
A nove dias do arranque da Copa América os jogadores canarinhos ponderam não participar na prova. Segundo a imprensa brasileira, a hipótese é discutida internamente e os atletas já manifestaram o desagrado ao presidente da Confederação Brasileira.
O selecionador reconhece que o impasse afeta a preparação para os próximos jogos.
Também os uruguaios Matias Viña e Arrascaeta, que jogam no futebol brasileiro, e Luis Suárez, do Atlético Madrid, mostraram-se contra a realização da prova este ano. O jornal O Globo fala de uma possível greve de jogadores à escala continental, como aconteceu em 1948.
O jogo de abertura da Copa América é um Brasil - Venezuela, em Brasília.