Portugal começou a entrar na zona vermelha da matriz de risco a meio de junho e desde aí o tom tem vindo a escurecer.
Para encontrar um domingo pior do que este é preciso recuar até dia 7 de fevereiro. A diferença é que nesse dia morreram mais de 200 pessoas, em contraste com este domingo em que não se registaram mortes. O agravamento também se verifica no número de internados. É preciso recuar a 30 de março para encontrar um valor mais alto.
O que está agora a preocupar os especialistas e governantes é o aumento da variante Delta, que continua a ganhar terreno em Portugal, e que compromete seriamente o alcance da tão esperada imunidade de grupo.
Filipe Froes, médico pneumologista, afasta a hipótese de um novo confinamento: "O confinamento foi feito numa situação diferente e dramática, porque tinhamos uma pressão enorme. Neste momento, não estamos nessa situação". O médico afirma que o caminho é vacinar, vacinar, vacinar, mas ressalva que uma pessoa totalmente imunizada pode ainda assim contrair o vírus e transmitir.
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