O ensino à distância foi uma necessidade urgente, e de acordo com o relatório do Tribunal de Contas ao novo modelo de ensino, a mais eficaz no que diz respeito às medidas tomadas para controlar a evolução da pandemia.
Porém, não chegou de forma igual para todos. Os alunos vindos de contextos familiares mais frágeis, os que têm necessidades educativas especiais ou os que se encontram em situação de risco foram os mais penalizados.
Foi sobretudo a carência de equipamentos infomáticos que atrasou o processo e sublinhou as desigualdades. O Tribunal de Contas diz que mais de 60% dos alunos ainda não têm o computador prometido pelo Governo.
Apesar de elogiar a capacidade de adaptação de alunos e professores, o relatório do Tribunal de Contas diz que não estavam reunidas todas as condições para implementar o ensino è distância.
A auditoria fala ainda no investimento tardio, mas lembra que o Plano de Recuperação e Resiliência prevê um investimento superior a 550 milhões na Escola Digital.
Perante as falhas, o relatório sugere ao Ministério da Educação um programa de investimento para a digitalização das escolas e para a substituição dos materiais mais antigos. Sugere também que se crie um sistema que permita reportar e avaliar informação em situações de emergência.
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