A ministra da Presidência disse, esta quinta-feira, que a vacinação entre os 12 e os 17 anos depende da Direção-Geral da Saúde. Declarações em sentido contrário às do primeiro-ministro que assegurou na passada quarta-feira estar tudo preparado para vacinar os jovens na segunda quinzena de agosto, antes do próximo ano letivo.
Políticos e especialistas não chegam a acordo sobre o que fazer.
Mas em países como os Estados Unidos, Israel e França, a vacinação a partir dos 12 anos já começou.
Miguel Guimarães, bastonário da Ordem dos Médicos, debateu o assunto na Edição da Noite da SIC Notícias.
"O que está a acontecer no momento é a avaliação do risco-benefício, porque nas pessoas mais novas, a gravidade da doença é menor. Ainda assim existem casos graves", começou por dizer.
Miguel Guimarães lembrou que a vacinação "não é obrigatória" em nenhuma faixa etária.
"Não devemos entrar em guerras mais ou menos fundamentalistas"
"Neste momento temos de dar alguma liberdade, em termos de pensamento, e alguma tranquilidade à Direção-Geral da Saúde para poder decidir da forma mais correta possível", afirmou.
"É fundamental que numa fase difícil, em que ainda não ganhámos o combate à covid-19, e em que estamos a ter sucesso no plano de vacinação, nós acreditemos na ciência. Acho que não devemos entrar em guerras mais ou menos fundamentalistas como me parece que este tema está a levar as pessoas. Deixemos os peritos e avaliar aquilo que já existe publicado", rematou.