Um total de 53 surtos estão ativos em lares de idosos em Portugal, o que corresponde a pelo menos 829 casos diagnosticados de covid-19. Na maioria dos casos, a vacinação está completa, mas o aparecimento de novas infeções em lares veio identificar falhas.
O Jornal de Notícias adianta que cerca de mil idosos e mais de dois mil funcionários não levaram a primeira dose da vacina.
O surto em Proença-a-Nova veio despertar atenções, de novo, para a situação dos lares: é o maior dos 53 surtos identificados pela Direção-Geral da Saúde.
A Associação de Lares quer saber a razão da propagação do vírus. No caso de Proença-a-Nova, todos os utentes e funcionários estavam vacinados desde fevereiro e o SARS-CoV-2, mesmo assim, não deixou de se propagar.
Quando se ouve falar numa terceira dose para os mais vulneráveis, que foram vacinados há mais de três meses, os especialistas reafirmam que as vacinas têm eficácia provada no desenvolvimento grave, não em reduzir o surgimento de surtos.
Novas admissões de idosos e de funcionários poderá ser uma justificação. Além disso, nos locais onde havia surtos os utentes não foram vacinados, respeitando o intervalo de tempo para os recuperados da doença.
É mais uma chamada de atenção para a necessidade de voltar a olhar para os lares antes da chegada do próximo inverno.
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