Coronavírus

Covid-19. Ordem dos Médicos quer estudo sobre medidas adicionais nos lares

“Os surtos nos lares preocupam-nos sempre como nos preocuparam há um ano”.

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A Ordem dos Médicos está preocupada com o aumento de surtos de covid-19 nos lares de idosos. O presidente do conselho regional do sul da Ordem considera relevante a realização de um estudo para perceber se são necessárias medidas adicionais.

“Os surtos nos lares preocupam-nos sempre como nos preocuparam há um ano, quando houve um descalabro. A maior parte dos óbitos nas idades mais avançadas ocorreram nos lares”, relembra Alexandre Valentim Lourenço.

“Neste momento precisamos de um bom estudo que nos mostre se é necessário algum tipo de testagem ou cuidado adicional para estas populações que já estão vacinadas. Sabemos por estudos bem feitos que a contagiosidade e gravidade da doença nos vacinados é cerca de 1%, mas 1% desde que entre num lar pode ser complicado”.

Estudo serológico nos lares deve arrancar já este mês no Alentejo e Algarve

Numa altura em que há pelo menos 52 surtos ativos em lares, o Governo vai promover um estudo serológico para avaliar a imunidade dos idosos e funcionários. As instituições do Alentejo e Algarve vão ser contactadas já este mês de agosto para participarem de forma voluntária na recolha de cinco mil amostras de sangue.

ESTUDO QUER COMPARAR IMUNIDADE ENTRE IDOSOS E FUNCIONÁRIOS

O estudo promovido pelo Governo e conduzido pela Fundação Champalimaud e a Algarve Biomedical Center quer comparar a imunidade dos idosos mais vulneráveis com a dos funcionários vacinados na mesma altura.

Os resultados vão ser apresentados em setembro e pretendem traçar um quadro sobre a duração dos efeitos da vacina nesta população.

Dados da DGS, divulgados na última quinta-feira, identificavam 53 surtos ativos em lares, o que representava mais de 800 casos de infeção.

Este sábado, o Ministério do Trabalho veio garantir que já foram vacinados 99% dos idosos nos lares e 97% dos funcionários. Ainda assim, esclerece que identificou mil idosos e 2.100 funcionários que ainda não estão vacinados, sendo que a esmagadora maioria teve covid-19 e, portanto, está a cumprir o período de 90 dias até poder ser vacinado.

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