O EXO-CD24 é o resultado de mais de 20 anos de investigação, agora aplicada à covid-19. Na base está o estudo da molécula CD24, presente de forma natural no corpo humano.
O fármaco é administrado diretamente nos pulmões, por inalação de três a quatro minutos por dia, durante cinco dias. Segundo o responsável pela investigação, Nadir Arber, "a maioria dos doentes foi para casa depois de cinco dias e sente-se melhor depois de duas doses".
A segunda fase da investigação decorreu com sucesso em vários hospitais em Atenas, na Grécia, e sem registo de efeitos secundários.
O estudo segue esta semana para a terceira fase - a última - que vai comparar o medicamento com placebo.
"Até ser comparado com placebo, não podemos dar certezas. Por isso vamos lançar a terceira fase esta semana em Israel. Temos muita esperança que possa expandir para termos o remédio para o mundo e podermos voltar ao futebol."
A explicação e a esperança do Professor Nadir Arber, do Centro Médico de Sourasky, em Telavive, que, em entrevista à SIC, acrescenta que o remédio não dispensa a vacinação. Mas há outra boa notícia neste estudo: pode evitar a hospitalização.
"Não precisamos de dar a qualquer pessoa, só vamos dar às pessoas que precisam, que têm covid-19. As pessoas vão estar em casa e podem tomar uma inalação especial. Se for complicado podem ir a um centro de saúde. Não precisam de ir a um hospital. Só para aqueles que não funcione."
Em menos de quatro meses, a produção poderá ser feita para todo o mundo, de forma rápida, eficiente e a baixo custo.
Numa luta contra o tempo, a equipa de Nadir Arber espera conseguir disponibilizar este medicamento até ao final do ano.
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