Coronavírus

Apenas 0,3% dos vacinados ficaram infetados com covid-19 desde janeiro

Em cada 25 internados, só um tem a vacinação completa. 

Partículas do SARS-CoV-2.
Loading...

Quase metade das mortes por covid registadas no início deste mês concentraram-se nos 4% da população com mais de 80 anos que ainda não estava vacinada. Em todo o país e em todas as idades, a percentagem de pessoas com a vacina completa que ficou infetada desde janeiro não chega sequer a meio por cento.

A 8 de agosto, Portugal tinha quase 5 milhões e 500 mil pessoas com a vacina completa há pelo menos 14 dias. Escreve-se com zero, a percentagem dos que, destes, ficaram infetados: 0,3%, ou seja, cerca de 16 mil e 600 pessoas. 115 tiveram de ser internadas com a covid como diagnóstico principal.

Os números da DGS a que a SIC teve acesso, mostram o impacto da vacinação em Portugal.

Começando pelo risco de ser hospitalizado com covid. É certo que varia com a idade, mas os números falam por si.

Dos 50 aos 60 anos, o risco de hospitalização é 10 vezes maior entre os que não estão vacinados em relação a quem tem a vacina completa. Dos 60 aos 70, é 8 vezes superior. Dos 70 aos 80, 7 vezes e nos maiores de 80, o risco de ser internado é 4 vezes maior entre os não vacinados.

Os últimos números que estão fechados vão de 17 de maio a 11 de julho. Em cada 25 internados, só 1 tinha a vacina completa.

Os idosos são os mais vulneráveis à covid. Os números da primeira semana de agosto ajudam a perceber como a vacina os está a proteger. Na altura, só faltava vacinar 4% dos maiores de 80 e esse escasso universo concentrou quase metade das mortes.

Entre os 60 e os 70 anos, a letalidade é 5 vezes maior os não vacinados; 7 vezes maior dos 70 aos 80, e nos mais velhos o indicador que avalia o nr de óbitos por covid em função dos novos casos é 3 vezes superior nos que não têm a vacina.

Nos maiores de 80, a letalidade esta a crescer desde maio. A grande responsável parece ser a variante delta, 6 vezes mais transmissível, mas ainda faltam estudos que ajudem a perceber a efetividade das vacinas nesta variante.