O calendário prevê que a utilização da máscara na rua deixe de ser obrigatória em setembro. Apesar da elevada taxa de vacinação, não parece haver consenso entre os especialistas para uma antecipação da data.
"Ainda é precoce, porque temos uma elevada incidência e não termos esta arma poderá fazer com que se mantenham estes níveis elevados, defende Gustavo Tato Borges, vice-presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública.
Da mesma forma não pensa o virologista Pedro Simas, que defende que a máscara deve deixar de ser usada o quanto antes para se manter a imunidade da população a outros vírus.
"É importante que retiremos as máscaras para restabelecer a circulação de outros vírus endémicos, nomeadamente a gripe."
Máscaras à parte, existe consenso para o alívio antecipado de outras restrições. O fim da quarentena profilática e o aumento da lotação dos espaços fazem parte das medidas defendidas pelos especialistas.
"A meu ver não se justifica uma pessoa que está totalmente vacinada, com um perigo pequeno de transmitir o vírus, ter de ficar em quarentena profilática", defende Pedro Simas.
"A DGS pode começar a contabilizar que a partir de 1 de setembro não é necessário que os vacinados fiquem em isolamento. Fazem um teste ao 5º ou 7º dia para verificar se estão infetados", diz Gustavo Tato Borges.
Sobre uma eventual terceira dose da vacina, todos pedem que se aguarde por indicações europeias.