Na Alemanha, foi atingido um novo pico: 340 novas infeções por 100 mil habitantes, com Berlim e os Estados federais a acordar com a introdução de restrições em função da taxa dos internamentos.
Na Alemanha, a população com vacinação completa ainda não atingiu os 68% e há milhões que estão suscetíveis a doença grave.
Com os casos diagnosticados a ultrapassar diariamente a casa dos 50 mil, a Alemanha está a reviver o pesadelo dos internamentos.
Como outros países, sente o efeito de ricochete do levantamento das medidas de proteção e da fadiga das pessoas, mas as autoridades podem ter ignorado os avisos quanto à necessidade de reforçar as vacinas.
Os deputados alemães deram luz verde à obrigatoriedade de apresentação do certificado de vacinação ou teste negativo no regresso ao trabalho e nos transportes públicos, além de recomendar o teletrabalho.
O Governo assegura que a vacinação não vai ser obrigatória, mas os não vacinados podem ser banidos de locais públicos se o número de hospitalizações por covid-19 ultrapassar os 3 doentes por 100 mil habitantes
O resto da Europa
O regresso às restrições e a aposta na vacinação acontece um pouco por toda a Europa.
No Leste europeu, o cenário é desolador, com os hospitais em colapso e sem capacidade para tratar tantos doentes graves.
Na Ucrânia, só 20% da população tem a vacinação completa e o descontrolo das infeções é aferido, sobretudo, pelas mortes: 725 nas últimas 24 horas, só atrás da Rússia, que tem mais 100 milhões de habitantes e registou novo recorde: 1250 óbitos.
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