Coronavírus

Covid-19: instituto de saúde pública da Alemanha defende necessidade de mais restrições

O número de novos infetados por covid-19 no país voltou a ultrapassar as 50.000 pessoas nas últimas 24 horas.

Covid-19: instituto de saúde pública da Alemanha defende necessidade de mais restrições
Michael Probst/ AP

As restrições impostas na Alemanha a pessoas não vacinadas contra a doença covid-19 "já não são suficientes" para combater a nova vaga de infeções, alertou hoje o presidente do Instituto de Saúde Pública Robert Koch.

"Na situação atual, essa medida já não serve", disse Lothar Wieler, numa conferência de imprensa hoje realizada.

Wieler pediu, por isso, que sejam proibidos os grandes eventos e fechados os principais focos de potenciais contágios, como os bares e restaurantes mal ventilados, apelando ainda a uma redução dos contactos privados.

"Temos de puxar o travão de mão agora", defendeu, exortando as pessoas a ficarem "em casa, se possível".

"Estamos numa emergência nacional", acrescentou o ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, na mesma conferência de imprensa.

Questionado sobre a possibilidade de impor um confinamento geral na Alemanha, como anunciou hoje a Áustria, Jens Spahn disse que a questão ainda não se coloca, mas admitiu que "não se pode descartar nenhuma hipótese".

Durante uma reunião sobre a crise sanitária realizada na quinta-feira, a chanceler cessante, Angela Merkel, e os líderes dos estados federados alemães decidiram proibir as pessoas não vacinadas de aceder a locais públicos assim que o número de hospitalizações por covid-19 ultrapassar os três doentes por 100.000 habitantes, que é o caso em 12 dos 16 Länder (estados federados) do país.

Essa regra já é aplicada nas regiões mais afetadas, como a Saxónia.

Os responsáveis decidiram ainda um regresso ao teletrabalho sempre que possível e tornar obrigatória a apresentação do certificado covid (prova de vacinação, teste negativo ou recuperação da doença) para entrar nos transportes públicos e nos locais de trabalho.

Para proteger os mais vulneráveis, Angela Merkel e os líderes dos Länder também anunciaram a criação de medidas para permitir a vacinação de todos os funcionários de lares de idosos e de hospitais.

Na Alemanha, apenas 67,9% da população está totalmente vacinada, de acordo com os últimos dados oficiais.

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