A manter-se a tendência atual de contágios, a covid-19 poderá provocar mais 700 mil mortes na Europa antes da primavera. O alerta é feito pela Organização Mundial da Saúde, que adverte para o risco de virem a faltar camas hospitalares, sobretudo nos cuidados intensivos.
Áustria
O confinamento total decretado na Áustria foi vivamente contestado antes da entrada em vigor e voltou a encher os centros de vacinação contra a covid-19. Foi o primeiro país da Europa a recuar e a voltar a decretar o confinamento total devido ao aumento de casos.
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Eslováquia
Com uma das taxas de incidência mais elevadas do mundo - 917 casos por 100 mil habitantes - e apenas 45% da população inoculada, a Eslováquia baniu primeiro os não vacinados, mas já se prepara passar o confinamento de seletivo a total.
Alemanha
Na Alemanha, morreram mais de 300 pessoas com covid-19 nas últimas 24 horas e o número de infetados continua a subir. O ministro da Saúde confirma que a lotação nos cuidados intensivos em algumas regiões é dramática e obriga a transferências frequentes, para acomodar também doentes não-covid.
Na tentativa de conter o aumento descontrolado de infeções, as autoridades municipais de várias cidades estão a reforçar as restrições de acesso a espaços públicos de pessoas não vacinadas.
Holanda
Apesar de enfrentar uma elevada pressão hospitalar, a Alemanha já disponibilizou camas para pacientes oriundos da Holanda, cujos hospitais enfrentam o número mais elevado de doentes covid desde maio. Em apenas uma semana, houve um aumento de 26% nas admissões em cuidados intensivos. Nas escolas, há cada vez mais turmas em isolamento e alunos sem aulas.
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França
Em França, o primeiro-ministro testou positivo. Em isolamento, diz que o contingente policial enviado para o arquipélago de Guadalupe está a ter um efeito dissuasor. O ministro do Interior ainda mantém reservas quanto ao controlo da revolta desencadeada por medidas sanitárias contra a covid-19.
Alerta da OMS
A Organização Mundial da Saúde diz que a pandemia é já primeira causa de morte na Europa e teme que até ao início de março morram mais 700 mil pessoas. Por isso, recomenda a dose de reforço para os elegíveis e a vacinação a quem não a tem.
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