A variante Ómicron já foi identificada em nove países da Europa: Portugal, Áustria, Dinamarca, Itália, Alemanha, Bélgica, Reino Unido, República Checa e Países Baixos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que o risco representado pela nova variante da covid-19 é "muito alto", já que tem potencial para ser mais resistente à imunização e mais contagiosa.
Perante estes riscos, a OMS pede aos países que tomem algumas medidas prioritárias, incluindo "acelerar a vacinação contra a covid-19", mas não recomenda que se proíbam voos para determinadas regiões.
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge anunciou esta segunda-feira que foram identificados 13 casos da nova variante em Portugal.
Os casos estão associados a jogadores e equipa técnica do Belenenses SAD, sendo que um deles terá feito, recentemente, uma viagem à África do Sul.
"Os ensaios preliminares efetuados no INSA sugerem, fortemente, que todos os 13 casos associados aos jogadores da Belenenses SAD estejam relacionados com a variante de preocupação Ómicron", adianta o INSA, através de um comunicado.
Para garantir a quebra de cadeias de transmissão, foi determinado o isolamento profilático dos contactos dos casos de infeção associados a este surto. Serão submetidos a testagem regular.
Portugal suspendeu todos os voos com Moçambique e impôs quarentena obrigatória para quem chega da África do Sul, Botsuana, Essuatíni, Lesoto, Namíbia e Zimbabué.
O primeiro caso confirmado da variante Ómicron foi detetado numa amostra colhida no passado dia 9 de novembro, na África do Sul. Dois dias depois um outro caso da mesma variante foi confirmado no vizinho Botswana.
Ainda não se sabe com rigor se esta variante é mais transmissível ou perigosa, a ponto de causar doença mais severa, morte e escapar à proteção conferida pelas vacinas contra a covid-19, mas os especialistas começam já a deixar alertas.
Para já também não é possível diferenciar os sintomas. Nos casos registados na África do Sul, os infetados parecem sentir mais fadiga, mas não perdem o olfato e o paladar.
Os testes PCR continuam a ser eficazes para detetar a infeção; falta saber se os testes de antigénio também respondem à Ómicron. A OMS diz que serão necessárias mais algumas semanas para que se saiba mais sobre esta nova variante.
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