Os idosos residentes em lares começam esta segunda-feira a receber a segunda dose de reforço da vacina contra a covid-19, que estava prevista para o início do outono, mas que foi antecipada devido ao aumento de infeções no país.
Segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), também esta semana os idosos com 80 ou mais anos vão começar a tomar o segundo reforço da imunização contra o coronavírus SARS-CoV-2 nos centros de vacinação ou de saúde, depois de serem convocados por mensagem SMS ou chamada telefónica.
A Comissão Técnica de Vacinação Contra a Covid-19 (CTVC) da DGS recomendou esta nova toma da vacina com “objetivo de melhorar a proteção da população mais vulnerável, face ao atual aumento da incidência de casos em Portugal”.
A população elegível para esta vacinação é de cerca de 750 mil pessoas, que devem ser vacinadas com um intervalo mínimo de quatro meses após a última dose ou após um diagnóstico de infeção por SARS-CoV-2, ou seja, este reforço abrange também as pessoas que recuperaram da infeção.
A maioria são idosos e que residem em lares. No Algarve, o processo arranca já esta tarde, como adiantou à SIC a coordenador dos Centros de Saúde do Sotavento Algarvio, Luísa Prates.
A DGS anunciou ainda que as crianças e jovens entre os 12 e 15 anos com condições de imunossupressão, no âmbito da norma publicada sobre esta matéria, também passam a ser elegíveis para receber uma dose adicional de vacina, na sequência de um parecer favorável da CTVC.
Portugal registou quase 250 mil casos desde que a máscara caiu
Portugal registou quase 250 mil casos desde que a máscara deixou de ser obrigatória na maior parte dos locais, a 22 de abril. De acordo com a DGS, foram mais 75 mil do que nos 20 anteriores.
Entre os dias 3 e 9 de maio houve quase 100 mil casos e registaram-se 142 mortes, isto numa altura em que a nova linhagem da Ómicron já deverá ser dominante.
A nova linhagem da variante Ómicron é considerada pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças como preocupante. Não há ainda evidências de que estas duas sub linhagens provoquem doença mais grave ou que aumentem a mortalidade. São, no entanto, mais transmissíveis e levam à reinfeção.
As autoridades estimam, por isso, uma subida significativa de infeções na Europa nas próximas semanas.
Saiba mais:
- Novas linhagens da Ómicron são mais transmissíveis e levam à reinfeção
- Ministra da Saúde apela ao reforço da vacinação e à cautela
- Covid-19: Costa reconhece que houve medidas incoerentes
- Covid-19: Portugal regista quase 100 mil casos numa semana, incidência e Rt a subir
- “Vamos ter que viver com o vírus”: linhagem mais recente da Ómicron já deverá ser dominante