Portugal é o terceiro país da União Europeia com mais mortes por covid-19 por milhão de habitantes. O número registado atualmente é sete vezes mais alto ao período homólogo do ano passado.
A ministra da Saúde, Marta Temido, garante que não há falta de medicamentos em Portugal e que há critérios, definidos pela Direção-Geral da Saúde (DGS), que são idênticos aos de outros países da União Europeia.
As dúvidas sobre a quantidade de medicamentos foram levantadas pelo pneumologista João Carlos Winck, no jornal Público, e citado por Marques Mendes, este domingo. O professor da Faculdade de Medicina do Porto considera que as indicações da DGS são demasiado restritivas.
Os critérios implicam que os antivirais podem ser dados a doentes com covid-19 ligeira a moderada, que tenham fatores de risco para doença grave e apenas nos primeiros cinco dias de sintomas.
Na norma, publicada no final de maio, a DGS admite que a disponibilidade destes medicamentos ainda é reduzida. A SIC contactou a DGS para questionar se admite rever os critérios de utilização, alargando este tipo de tratamento a mais doentes, mas não obteve resposta até à publicação deste artigo.
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