A primeira-ministra neozelandeza Jacinda Ardern proclamou hoje perante o Parlamento o "situação de emergência climática", sublinhando a necessidade de uma ação rápida no combate às alterações climáticas no interesse das gerações futuras.
"Enquanto fazemos estas declarações, há uma ameaça para a vida, uma ameaça para os bens e uma urgência em preservar a segurança civil. Se não agirmos contra as alterações climáticas continuaremos a sofrer estas ameaças na nossa costa".
Perante os deputados, a primeira-ministra apelou ao voto nesta declaração: "estejam do lado certo da História, façam parte da solução que temos de encontrar coletivamente para a próxima geração".
Os deputados adotaram a declaração de emergência climática - apenas simbólica - por 76 votos a favor e 43 contra.
O Parlamento britânico foi o primeiro, a 1 de maio de 2019, a declarar "situação de emergência ecológica e climática, seguido da Irlanda.
Neutralidade carbónica até 2050
A Nova Zelândia faz parte de um grupo de países que já se comprometeu a alcançar a neutralidade carbónica até 2050.
O governo de Ardern conseguiu aprovar no Parlamento da Nova Zelândia, em novembro de 2019, a lei Carbono Zero, para combater a crise climática, em cumprimento com os Acordos de Paris sobre a redução dos gases de efeito de estufa.
A lei prevê a manutenção das emissões dos gases abaixo dos 1,5 graus, como estipula os Acordos de Paris, e tem como objetivo reduzir 10%, em 2030, as emissões de metano biológico procedentes da agricultura.