Depois de falar com os sobreviventes do desastre, a ONU confirmou que 800 imigrantes morreram no naufrágio da traineira que afundou no domingo.
A procuradoria da Catânia (Sicília) disse que a embarcação colidiu com um cargueiro de bandeira portuguesa que a veio socorrer antes de se virar, mas absolveu a tripulação do navio mercante de qualquer responsabilidade na tragédia.
Considerou que a embarcação se virou depois da colisão devido a erros de manobra do capitão e a movimentos de pânico das centenas de migrantes que ocupavam a antiga traineira com 20 metros.
O capitão da embarcação, o tunisino Mohammed Ali Malek, de 27 anos, foi detido por suspeita de assassínio múltiplo, de ter causado um naufrágio e de apoiar a imigração ilegal.
O tripulante sírio Mahmud Bikhit, de 25, também foi detido por suspeita de apoio à imigração ilegal.
De acordo com o jornal britânico The Guardian, o capitão tunisino e o assistente sírio pertenciam a uma rede de tráfico humano responsável pela organização da viagem que tinha como destino Itália.
Para além destes dois elementos da tripulação, sobreviveram apenas 26 imigrantes que depois de terem sido ouvidos e identificados saíram em liberdade.
A bordo da embarcação seguia cidadãos provenientes da Síria, Eritreia, Somália, Mali, Serra Leoa e Senegal.
Com Lusa