Estão ainda dadas como desaparecidas 10 pessoas, tendo outras 10 sido resgatadas em estado de choque, num total de 45 que ocupavam a embarcação oriunda da Turquia com destino à Grécia.
O alerta para o naufrágio foi dado por um dos sobreviventes, que conseguiu nadar até à costa, tendo navios gregos e da agência europeia de fronteiras Frontex participado nas operações de salvamento dos migrantes, cuja nacionalidade não foi ainda divulgada.
De acordo com a guarda-costeira, mais de 300 migrantes foram resgatados ao longo do dia em incidentes distintos ao redor da ilha de Lesbos, o principal ponto de desembarque escolhido por traficantes de pessoas, dada a sua proximidade com a costa turca.
Apesar das condições invernais, milhares de pessoas que procuram fugir à guerra e à pobreza no Médio Oriente, na Ásia e em África continuam a fazer a arriscada viagem por mar para a Europa, muitos pagando com a vida.
Na semana passada, afogaram-se 44 pessoas num único dia, quando três barcos de migrantes tiveram problemas em águas gregas.
E esta quarta-feira, as equipas de resgate encontraram os corpos de sete migrantes afogados, incluindo duas crianças, na sequência de um naufrágio ao largo da ilha grega de Kos.
A mais recente tragédia ocorre num contexto de pressão sobre a Grécia, por parte dos seus homólogos europeus, para que trave o fluxo de migrantes, tendo a Comissão Europeia acusado quarta-feira Atenas de haver "negligenciado seriamente" o seu dever de proteger as fronteiras.
De acordo com a ONU, este ano já chegaram à Grécia mais de 46.000 migrantes, tendo 200 morrido durante a viagem, enquanto em 2015 o país recebeu mais de 850.000.
Lusa