O ano de 2015 "foi de medo e insegurança" para o continente, afirmou o responsável perante o Conselho da Europa, acrescentando que apesar dos atentados terroristas do ano passado, "mais generalizado do que o medo do terrorismo era o medo crescente ocasionado pelo contínuo fluxo de migrantes".
Nils Muiznieks exemplificou com o impacto na perceção pública de dois atentados terroristas em Paris - o assalto de janeiro ao jornal satírico Charlie Hebdo e o ataque coordenado em novembro, que matou 130 pessoas, para sublinhar que este é um "medo multifacetado" que afetou vários países.
"Para alguns, o fluxo sinalizou a impotência dos governos individualmente e da Europa como um todo para controlar as fronteiras, enquanto para outros, as chegadas contínuas e as esperas aumentam as dúvidas sobre a capacidade da Europa para gerir a diversidade e aumentar preconceitos contra os muçulmanos, que já estão generalizados", acrescentou.
O relatório apresentado hoje no Conselho da Europa também faz soar as campainhas de alarme sobre a insegurança na Ucrânia, que já levou o Governo de Kiev a procurar exceções ao cumprimento de obrigações sobre os direitos humanos, e sobre a liberdade de imprensa na Europa de Leste, incluindo a Polónia e os países da região dos Balcãs.
Lusa