A condição dos migrantes na fronteira entre a Polónia e Bielorrússia encontrou um novo problema: começou a nevar. Muitos debatem-se cada vez mais com uma situação de vida ou de morte.
Perdidos na floresta já do lado polaco estão dois irmãos sírios. Ela, artista. Ele engenheiro mecânico.
Conseguiram passar a fronteira da Bielorrússia, mas para eles este é o fim do caminho. A neve que começou a cair torna a caminhada difícil mesmo para quem vem preparado. Para eles é já uma situação de vida ou morte.
Em vez do telemóvel utilizaram uma bússola para não serem localizados. Foram encontrados por uma organização não governamental polaca, que lhes tenta dar o conforto possível e que contactou as autoridades com a garantia de poderem ser requerentes de asilo.
Do outro lado da fronteira
Não é o que tem acontecido do outro lado da fronteira. As autoridades têm devolvido os migrantes à Bielorrússia. O Ministério da defesa polaco divulgou imagens de mais tentativas de entrada no país.
As agências humanitárias relatam 13 mortes nas últimas semanas.
Do lado da Bielorrússia, a situação não é muito melhor, com as imediações do armazém que acolhe milhares de migrantes cobertas de branco.
O regime bielorrusso diz ter repatriado de avião 120 migrantes.
A presidente Comissão Europeia avançou com uma proposta para criminalizar operadores de transportes que contribuam para o contrabando de pessoas e considera que este é um ataque híbrido às democracias europeias.
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