O primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki , inicia esta quarta-feira uma ronda pela capitais europeia para obter ajuda na resolução da atual crise migratória. Na fronteira com a Bielorrússia, a neve e o frio agravam o desespero dos migrantes que tentam atravessar a fronteira.
A fronteira comum entre a Polónia e a Bielorrússia estende-se por 400 quilómetros, barreira que os migrantes pretendem atravessar para chegar à União Europeia.
Em território bielorrusso, Minsk diz que estão atulamente 7.000 migrantes do Iraque, Síria e Iémen. As condições agravam-se na fronteira, à medida que o frio e a neve anunciam a chegada do inverno. Cerca de 2.000 migrantes permanecem retidos num armazém, abrigados e dependentes da ajuda humanitária autorizada.
As poucas ONG no terreno acusam tanto os bielorrussos como os polacos de violação dos direitos humanos.
O regime de Lukashenko foi acusado da atual situação, encarada como retaliação pelas sanções internacionais à Bielorrússia.
A Comissão Europeia desbloqueou 3,3 milhões de euros e enviou uma missão para ajudar a organizar voos de repatriamento.
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