Nos últimos dias várias embarcações de migrantes naufragaram no Mediterrâneo, numa altura em que se assiste a um aumento significativo das travessias até Itália. Só este fim de semana chegaram às costas italianas mais de quatro mil migrantes.
O navio da ONG Médicos sem Fronteiras chegou ao porto italiano de Bari, onde foi autorizado a atracar com cerca de 200 migrantes a bordo, oriundos de países como Bangladesh, Paquistão, Egito, Palestina ou Síria.
Foram resgatados no Mediterrâneo Central, segundo a Organização Internacional para as Migrações a rota mais perigosa do mundo, 20 horas depois de terem partido da cidade de Zauia, na Líbia.
Em janeiro e fevereiro o número de chegadas de migrantes pela rota do Mediterrâneo Central aumentou 116 por cento em comparação com 2022.
Mais de 20 mil migrantes já desembarcaram em Itália em 2023
De acordo com as autoridades italianas, só este ano e até agora, mais de 20 mil migrantes desembarcaram no país, três vezes mais do que no mesmo período do ano passado.
Nos últimos dias pelo menos cinco embarcações afundaram no Mar Mediterrâneo depois de terem saído da Tunísia com destino à Itália, para fugirem a uma violenta campanha de detenções de migrantes africanos sem documentos.
De acordo com as Nações Unidas, no ano passado 1300 migrantes que chegaram a Itália partiram da Tunísia, mas este ano já chegaram aos 12 mil.