As buscas por sobreviventes continuam ao largo da costa Sul da Grécia após um dos maiores naufrágios de sempre no Mar Mediterrâneo. O número de mortos chega, para já, aos 78, mas o número de desaparecidos pode ascender aos 500, entre os quais crianças. Este acontecimento trágico obrigou a Grécia a interromper por três dias a campanha eleitoral de 25 de junho.
As autoridades gregas prenderam esta quinta-feira 12 homens acusados de tráfico de pessoas e ligados ao naufrágio quarta-feira de um pesqueiro que transportava mais de 750 pessoas, incluindo 210 crianças, admitindo-se que poderão ter morrido mais de 600 migrantes.
Segundo a imprensa grega, todos os detidos foram identificados como cidadãos egípcios por vários dos pouco mais de 100 migrantes resgatados e que pagaram, cada um, 4.000 a 6.000 dólares (3.660 e os 5.490 euros) pela viagem, iniciada em Tobruk, no leste da Líbia e com destino a Itália.
Há relatos desencontrados quanto à fita do tempo dos acontecimentos. Aparentemente a guarda costeira grega estava ao corrente da aproximação do barco sobrelotado, mas num primeiro momento nada fez para o assistir, alegando não ter nenhum pedido de ajuda.
Há indícios de que terão sido embarcações particulares ou de marinha mercante que terão fornecido água e mantimentos. Alguns dos sobreviventes relatam que os problemas surgiram na primeira tentativa e rebocar o navio, que terão desequilibrado o barco e provocado o pânico a bordo.