O Presidente da República pede flexibilidade política na União Europeia para enfrentar o drama dos imigrantes. Todos os estados membros devem colaborar.
O Governo português diz que há espaço, só falta saber para quantos. Quem lhes vira as costas deve no mínimo ajudar os outros a pagar, é pelo menos a opinião em Belém.
“Se não quiserem entrar, contribuem pagando. Isto é, contribuem aceitando e pagando.”, referiu Marcelo Rebelo de Sousa.
O drama de Lampedusa explica-se em números. A pequena ilha italiana a apenas 100 km da costa tunisina tem 7 mil habitantes e em apenas três dias da semana passada recebeu 10 mil imigrantes vindos de África.
No centro de acolhimento de migrantes e refugiados, com capacidade para 400 pessoas, estão cerca de 9 mil. Itália não sabe o que fazer apenas, sabe com quem não pode contar.
“A França não vai receber migrantes que venham de Lampedusa. A França quer uma posição firme", disse o ministro francês do Interior, numa entrevista a um canal do país.
Uns não querem outros não tem outra solução, senão acolher quem chega à procura de uma vida melhor. A França vira as costas não só a Roma, mas também a Bruxelas que já pediu aos países que acolham parte dos que chegam a Lampedusa.
Desde o início do ano, estima-se que mais de 130 mil imigrantes desembarcaram em Itália, quase o dobro do mesmo período do ano passado.