A crise política nacional é notícia lá fora e surpreendeu as agências de notação financeira. À SIC, as agências que atribuem notas a Portugal dizem que há riscos, mas divergem entre si sobre o cenário de eleições antecipadas. Vários jornais internacionais noticiaram a queda do Governo.
Ainda antes do debate ter começado, a crise política nacional já era notícia em vários jornais internacionais.
O Financial Times foi um dos primeiros a escrever, esta terça-feira, que o "Governo estava à beira do colapso". Detalha passo a passo da crise e explica a polémica que se instalou com a empresa familiar de Montenegro.
O espanhol El País também antecipava a queda do executivo. Dá destaque ao facto de o chefe do Governo ter dito que será recandidato mesmo na eventualidade de ser constituído arguido. E destaca que Portugal se prepara para ir a eleições pela terceira vez em três anos, uma por ano.
O britânico The Guardian já dava como certo o cenário de eleições antecipadas, afirmando que o primeiro-ministro negou qualquer falha ética.
Para além do olhar atento dos media internacionais, também as agências de notação financeira estão atentas. Apesar dos possíveis atrasos, à SIC, a DBRS garante que a instabilidade política não afeta nem a economia nem as contas públicas.
Na resposta enviada à SIC, diz que há consenso entre os principais partidos políticos para continuar com a redução da dívida.
Mesmo sinalizando os riscos, a norte-americana Standard & Poor’s vê a crise política de outra forma. A SIC pediu também à Moody's para avaliar a situação política nacional e os riscos que dela advêm, mas preferiu não fazer comentários.