Crise Política

Queda do Governo: PSD sugeriu conversa privada entre líderes, mas PS recusou falar com Montenegro

Ao longo do debate, o Governo e o PSD lançaram vários desafios ao Partido Socialista (PS), mas Pedro Nuno Santos nunca recuou na ideia de levar Luís Montenegro a responder numa Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

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À entrada para um debate com final anunciado, o Governo trazia uma estratégia desenhada para afinar o discurso de campanha. A responsabilização do Partido Socialista (PS) pela crise política. Luís Montenegro é o primeiro a entrar em cena.

"Estou disponível para suspender esta sessão se o senhor deputado Pedro Nuno Santos disser em concreto que informação pretende, de que forma pretende, em que prazo pretende para, de uma vez por todas, poder dizer ao país se está ou não esclarecido", frisou o primeiro-ministro.

O momento é raro, mas vai mesmo para a frente. O PSD pede à mesa para que se vote a interrupção dos trabalhos para que os líderes que têm a chave desta crise possam falar em privado. A reunião privada não avança.

A crise continua em cima da mesa, mas há movimentos nos bastidores. Há deputados de vários partidos agarrados ao telemóvel. As lideranças parlamentares conversam entre si - Hugo Soares e Luís Montenegro não perdem o contacto. O ministro dos Assuntos Parlamentares ligou ao líder da oposição, Pedro Nuno Santos não atendeu.

Estava a desenhar-se o terceiro avanço do Governo para mostrar que está empenhado em evitar a crise política. Com o tempo do debate esgotado. O partido mais pequeno da coligação que suporta o Governo introduzia outra novidade: uma hora de pausa.

Trabalhos suspensos à espera de uma votação leva o país para novas eleições.