Falando numa conferência de imprensa no Pentágono, o secretário da Defesa dos EUA considerou ainda que o que a Rússia está a fazer "é errado e contraproducente" e que os primeiros ataques russos provavelmente não visaram o grupo Estado Islâmico (EI), ao contrário das intenções manifestadas por Moscovo.
"Parece que [as tropas russas] estavam em zonas onde não havia nenhum grupo das forças do Estado Islâmico", afirmou Ashton Carter.
Para o responsável norte-americano, a estratégia russa para a Síria não prevê uma transição política nem a saída de Bashar al-Assad, pelo que pode lançar "lenha na fogueira" do conflito.
"A nossa posição é clara: a derrota do grupo Estado Islâmico e do extremismo na Síria não pode ser conseguida sem que, em paralelo, se faça uma transição política na Síria", esclareceu Carter.
A força aérea russa realizou esta manhã o primeiro bombardeamento na Síria, a pedido do presidente Bashar al-Assad, tendo a intervenção militar suscitado dúvidas, em muitos países ocidentais, sobre os alvos visados: elementos do EI ou rebeldes.
Entretanto, Khaled Khoja, líder da oposição síria no exílio, afirmou que 36 civis haviam sido mortos num ataque russo em Homs e acusou a Rússia de estar a agir para manter al-Assad no poder e não para atingir o Estado Islâmico.
Lusa