"Estamos a ver chegar à região de Sirte [norte da Líbia] combatentes estrangeiros que, se as nossas operações na Síria e no Iraque reduzirem a base territorial do Daesh [sigla árabe para Estado Islâmico do Iraque e do Levante], podem ser amanhã mais numerosas", disse o ministro em entrevista, que vai ser divulgada na edição de domingo da revista Jeune Afrique.
"É um grande risco e é por isso imperativo que os líbios cheguem a acordo entre si", sublinhou o ministro.
A Líbia é atualmente um Estado falhado, vítima do caos e da guerra civil, desde que em 2011 a comunidade internacional apoiou um movimento rebelde contra a ditadura de Muammar Khadafi.
Desde as últimas eleições, que o poder está dividido entre dois governos, um com sede em Tripoli e outro, reconhecido pela comunidade internacional, em Tobruk.
Os dois governos são apoiados por grupos de islamitas, senhores de guerra, líderes tribais e traficantes de petróleo, armas, pessoas e droga.
Com a instabilidade no país, o grupo extremista Estado Islâmico e a organização Al-Qaida no Magrebe Islâmico aumentaram a sua influência na Líbia, ganhando poder territorial e contagiando a instabilidade a todo o norte de África.
Na entrevista, o ministro refere também que França se recusa a intervir militarmente na Líbia, a não ser que cheguem a acordo sobre uma solução política.
Lusa