Marcelo Rebelo de Sousa voltou a defender a necessidade de haver estabilidade política em Portugal. O Chefe de Estado disse que não pode ser “um esforço traduzido em mini-ciclos políticos”. A pouco mais de um mês das eleições legislativas, Bernardo Ferrão analisa as palavras do Presidente da República.
“Portugal só tem a ganhar se houve um entendimento alargado. Logo veremos se este desejo do Presidente é ou não utópico, um desejo daqueles que fica muito bem no fim de ano, em altura de festas e de Natal, mas que depois não se concretiza na prática”, afirma o sub-diretor de informação da SIC Notícias.
Sobre a nomeação de Gouveia e Melo para o cargo de Chefe do Estado-Maior da Armada, Bernardo Ferrão sublinha que a decisão de Marcelo Rebelo de Sousa de aceitar a proposta do Governo já “seria de esperar”.
“Acho que o que aconteceu há uns meses foi claramente um erro e uma precipitação por parte do Governo, que não agilizou a coisa com o Presidente da República e o Presidente da República o que disse foi ‘não, que a última palavra é minha’”, afirma, sublinhado que a nomeação “é mais do que merecido”.
Bernardo Ferrão destaca ainda o trabalho desempenhado por Gouveia e Melo enquanto coordenador da task force para a vacinação, sublinhando que “ele merece todos esses aplausos”. No entanto, lembra que ser visto “como um salvador pode ser um bocado perigoso”.
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