Eleições Legislativas

Debate nas rádios: o que falta discutir?

À chegada ao local do debate, que decorre durante a manhã desta segunda-feira, os líderes da IL, BE e PCP pronunciaram-se sobre os temas que ainda não foram devidamente abordados nos debates anteriores. Mariana Mortágua teceu críticas a André Ventura, que não estará presente.

Debate nas rádios: o que falta discutir?
JOSÉ SENA GOULÃO

Esta segunda-feira, segundo dia de campanha eleitoral para as eleições legislativas, fica marcada pelo debate nas rádios entre os partidos com assento parlamentar. À chegada aos estúdios da RTP, alguns líderes partidários esclareceram quais serão os assuntos que irão trazer para a mesa.

Rui Rocha, presidente da Iniciativa Liberal, afirma que os temas da justiça "ainda não estão suficientemente debatidos", uma vez que nos debates televisionados "não foi possível fazê-lo".

"Espero que seja um misto de explicação e apresentação de propostas que já foram mais debatidas com temas que ainda não foram suficientemente abordados", atira.

"A vida das pessoas" em debate

Paulo Raimundo, líder da CDU, garante que vai trazer para o debate "a vida das pessoas", algo que considera que tem faltado nos debates entre os líderes partidários. O secretário-geral do Partido Comunista Português vinca que "o que faz sentido" é aproveitar o debate na rádio para responder às necessidades das pessoas: "Os salários, a saúde, a habitação e os direitos dos pais e das crianças", enumera.

" A democracia faz-se do debate"

Já Mariana Mortágua, coordenadora do Bloco de Esquerda, acredita que todos os debates "são uma vantagem para o esclarecimento democrático". André Ventura, líder do Chega, não estará presente no debate desta segunda-feira, uma ausência que Mariana Mortágua não deixa escapar:

"É sintomático que o representante do Chega tenha escolhido não participar neste debate. Acho que é um reflexo e um elemento da sua consideração pelos ouvintes da rádio".

Acrescenta que a "democracia faz-se do debate", pelo que "fugir ao debate e preferir as redes sociais nunca é um bom sinal para a democracia". Termina sublinhando que não estar presente no confronto partidário desta segunda-feira "não é um sinal de respeito para com as rádios".