Eleições Legislativas

Sindicalistas lançam manifesto a apelar ao voto dos trabalhadores no PS

O manifesto é subscrito por 122 sindicalistas socialistas de 23 sindicatos. No atual quadro político, os signatários do manifesto acreditam que, com o PS no Governo, “na próxima legislatura, se manterá a trajetória de crescimento económico”, afirmam.

Sindicalistas lançam manifesto a apelar ao voto dos trabalhadores no PS
ANTÓNIO PEDRO SANTOS

Membros de sindicatos de 17 distritos, dos Açores e da Madeira, lançaram esta quinta-feira um manifesto a apelar ao voto dos trabalhadores no PS, no domingo, e a expressar apoio a Pedro Nuno Santos para primeiro-ministro.

Este manifesto, que foi divulgado pelo PS, é subscrito por 122 sindicalistas socialistas e independentes da CGTP-IN, entre eles "membros do Conselho Nacional desta central sindical, o representante no Comité Económico e Social Europeu (CESE), presidentes ou coordenadores de sindicatos, de direções sindicais nacionais e regionais, bem como de diversos ativistas sindicais".

"Os subscritores são oriundos de 23 sindicatos", acrescenta-se, num texto em que é criticada a decisão do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, de dissolver o parlamento e convocar eleições legislativas antecipadas.

No documento, este grupo de sindicalistas considera que "os trabalhadores e as trabalhadoras, após oito anos de governação do PS e de António Costa como primeiro-ministro, reconhecem que, apesar da pandemia [da covid-19], de uma escalada inflacionista como consequência da invasão da Ucrânia pela Rússia, e dos problemas que resultam das alterações climáticas, houve resposta a uma grande parte dos problemas do país, relançou a economia, apoiou as famílias e as empresas, tomou medidas importantes quanto aos direitos sociais e laborais, imprimiu um forte crescimento dos rendimentos (salários e pensões) das classes populares e diminuiu o défice, bem como a dívida pública".

"A decisão sobre a demissão do Governo e a dissolução da Assembleia da República, irresponsavelmente tomada pelo Presidente da República, que interrompeu uma legislatura com uma maioria absoluta na Assembleia da República, precipitou o país para umas eleições legislativas antecipadas desnecessárias e das quais pode resultar uma situação de forte instabilidade política", advertem os sindicalistas.

“Trajetória de crescimento económico”, como principal argumento dos signatários

No atual quadro político, os signatários do manifesto acreditam que, com o PS no Governo, "na próxima legislatura, se manterá a trajetória de crescimento económico, com uma maior distribuição da riqueza, com consequências positivas no aumento das pensões, do salário mínimo nacional e nos salários médios praticados na administração pública e no setor privado".

"Confiamos que o futuro governo do PS continuará a realizar políticas públicas que respeitem a dignidade do trabalho, a evolução dos direitos laborais, o diálogo social, a negociação e a contratação coletivas, o livre exercício da atividade sindical nas empresas e serviços, privados e públicos, a ação inspetiva eficaz e uma justiça no trabalho célere e acessível, rapidamente tomando decisões e ultrapassando atrasos", referem.

Depois, alertam para "os perigos e obstáculos políticos, de caráter reacionário, corporizados por projetos de direita e extrema-direita (AD, IL e Chega), que se têm reforçado a nível nacional, europeu e internacional, sendo necessário consolidar e fazer avançar o que já foi realizado -- e unicamente o PS assegura esta consolidação e este avanço".

Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar no domingo para eleger 230 deputados à Assembleia da República.

A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.