Eleições Legislativas

Legislativas: o debate entre os vencedores Alexandre Poço (PSD), Rita Matias (Chega) e Miguel Costa Matos (PS)

No pós-eleições, a SIC Notícias ouviu representantes das três forças políticas mais votadas: AD, PS e Chega. Se os socialistas reiteram que vão ser "a oposição", Chega contesta "a diabolização de mais de um milhão de eleitores", e a AD pede "tempo" para o novo quadro político se afirmar.

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Se a abstenção foi uma das vencedoras - se não a clara vencedora - da noite eleitoral deste domingo e a AD a coligação mais votada, a indefinição é agora a questão. Na antena da SIC Notícias estiveram Alexandre Poço (PSD), Rita Matias (Chega) e Miguel Costa Matos (PS) mostraram isso mesmo, com o PS a lembrar: “Nós avisámos para a bagunça”.

“Não acreditamos que a AD cumpra o compromisso”. Quem o disse foi Rita Matias, que considera que “há muitas convergências” com a AD. Apesar de reconhecer que “o processo de negociação” ainda não está sequer em curso e que “é cedo para dizer se vamos votar contra ou a favor”, optou por destacar os “pontos comuns” com a coligação PSD/CDS/PPM.

O PS, pela voz de Miguel Costa Matos, diz que o passo que se segue é uma “reflexão” aos resultados eleitorais porque na bagagem taziam os “bons resultados na governação, uma boa campanha”. Mas uma coisa é desde já certa, tal como disse o líder Pedro Nuno Santos, “estamos cá para ser o líder da oposição, com uma consciência clara: cumprir com o nosso programa e sempre que ele não nos permitir viabilizar algum projeto do PSD, não o iremos fazer”.

Mais: “Não nos podem pedir que sejamos uma espécie de muleta”, disse o socialista, lembrando que “nós avisámos para a bagunça”.

Criticando que o Presidente da República esteja a ser “o alvo do PS”, Rita Matias sublinhou que estas eleições antecipadas foram agendadas na sequência da demissão do primeiro-ministro e de um “conjunto de situações que nos levaram para esta situação”. Agora, concluiu, “a Direita precisa de dialogar e não de promover a diabolização de mais de um milhão de eleitores” - os que votaram Chega.

O PS sugere ao “PSD que forme Governo e nós cá estaremos”.

A fechar a discussão, Alexandre Poço declarou que “em março cumpriu-se abril” e que o Presidente Marcelo faz “bem em ouvir todos e atendendo aos resultados indigitar Luís Montenegro (…) e em cada proposta, em cada documento, os partidos votarão, postura construtiva ou de bota abaixo”.