Eleições Legislativas

Moção de rejeição à AD? Livre "não põe o carro à frente dos bois"

Questionado sobre o que o partido pretende fazer, relativamente à moção de rejeição que o PCP pretende apresentar à AD, Rui Tavares esclareceu que considera a medida precipitada, pois afirma "ainda não se saber que Governo vamos ter".

Porta-voz do Livre, Rui Tavares
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Rui Tavares disse, à saída da reunião com o Presidente da República, que a esquerda deve governar, mas considera precipitado falar em moção de rejeição a um governo de direita. O porta-voz do Livre acrescenta que a moção de rejeição que o PCP pretende apresentar ao programa de Governo da AD é precipitada.

“O Livre não põe o carro à frente dos bois. Não sabemos ainda que Governo vamos ter”, disse Rui Tavares esta quarta-feira.

Acrescentou ainda: “A própria figura do primeiro-ministro está dependente de votos que ainda vão ser contados. E aquilo que os partidos disserem acerca da sua vontade em aceitar essa indigitação de governarem ou não."

“Essa moção de rejeição, eu não sei a que Governo é, não sei a que a que programa é, a que elenco governativo é e a que composição de Governo é”, explica o porta-voz do Livre.

Livre defende que se deve “respeitar os processos”

Numa altura em que ainda não foram contabilizados os votos dos emigrantes portugueses, que se encontram espalhados pelo mundo, o dirigente do Livre reforçou que é “essencial respeitar os processos”.

“O Sr. Presidente da República tem toda a possibilidade de ouvir os partidos quando entender. O que o Livre disse é que se justifica que venhamos a ter outras audiências, essas sim constitucionais para a indigitação do primeiro-ministro, após os resultados finais eleitorais”, esclareceu.

Questionado sobre se Marcelo Rebelo de Sousa foi favor a esse pedido, Rui Tavares não esclareceu “pelo caracter constitucional da relação entre o Presidente da República e os partidos”.

“Posso apenas dizer que o Livre é claro e justificável fazer novas audiências após os votos estarem todos contados”, esclareceu.