Na Edição Especial da SIC Notícias desta quarta-feira estiveram três membros partidários a analisar os entendimentos da Aliança Democrática (AD). António Mendonça Mendes, dirigente do PS, Pedro Pinto deputado do Chega e José Eduardo Martins do PSD analisam os últimos desenvolvimentos políticos.
Este painel debateu na noite em que foram conhecidos os resultados dos votos da emigração, que deram mais dois deputados ao Chega, e somaram mais um deputado para cada um dos dois maiores partidos, PS e PSD.
José Eduardo Martins começou por dizer que, esta quarta-feira, “vai ser restabelecido um princípio de confiança com os eleitores".
“O que é importante é que hoje à noite, quem ganhou as eleições - independentemente de não ter uma maioria parlamentar - vai formar Governo”, disse o ex-deputado do PSD.
Sobre os resultados eleitorais, o dirigente do PS considera que o partido “está muito tranquilo” por ir ocupar “um cargo igualmente digno, que é o da oposição”.
“O facto de se perder uma eleição não enfraquece em nada em quem a perde. O respeito pela democracia significa saber perder e saber ganhar. Evidentemente que lamento a saída do professor Augusto Santos Silva do Parlamento, mas foi assim a decisão dos portugueses”, disse António Mendonça Mendes.
Questionado se o Chega reage à saída de Augusto Santos Silva do Parlamento como um “ajuste de contas”, Pedro Pinto afirma que “foi feita justiça”.
“Augusto Santos Silva foi um péssimo Presidente da Assembleia da República, prestou um péssimo serviço à democracia”, disse o deputado do Chega, acusando Santos Silva de não ser isento na sua função.
Entendimentos partidários
Sobre a possibilidade de entendimentos, o PS já tinha admitido aprovação de medidas do PSD em matérias comuns, mas foi esta terça-feira que foi dada a garantia, por Pedro Nuno Santos, sobre a disponibilidade do partido viabilizar um orçamento retificativo, bem como a posição de cada um dos seus partidos perante a possibilidade de acordos.
Foi no dia 13 de março que o PCP anunciou que vai apresentar uma moção de rejeição ao Governo da AD.
Ainda o BE se pronunciou, esclarecendo que se recusa a viabilizar um orçamento retificativo. Também o Livre reagiu na mesma linha ideológica.
O PAN também admitiu acordos com a AD, mas tem exigências.