Eleições Legislativas

Luís Montenegro irrita-se com pergunta de jornalista sobre Spinumviva

O Mercado de Espinho, onde o primeiro-ministro esteve esta segunda-feira, também já teve oferta na área da consultoria de dados pessoais, mas a empresa da família do primeiro-ministro teve de mudar de morada. O tecido empresarial da cidade ficou mais pobre, mas Montenegro não quer falar mais disso. 

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Luís Montenegro irritou-se, esta segunda-feira, com uma pergunta dos jornalistas sobre a Spinumviva, dizendo que as questões são as mesmas de há dois meses. 

Em Espinho, Montenegro joga em casa, mas mesmo em casa tem de se lembrar que a prometida reconciliação com os reformados está longe de estar conseguida. 

Para além das frutas e legumes, o Mercado de Espinho também já teve oferta na área da consultoria de dados pessoais, mas a empresa da família do primeiro-ministro teve de mudar de morada. 

O tecido empresarial da cidade ficou mais pobre, mas Montenegro não quer falar mais disso. 

Questionado se entende, ao fim de uma semana de campanha, que "valeu a pena insistir na teimosia de manter a empresa familiar e levar o país para eleições", respondeu: 

"O senhor não tem mais nenhuma pergunta para me fazer todos os dias? A RTP está empenhadíssima", afirmou o líder do PSD, que foi depois informado que tinha a SIC a questioná-lo sobre este tema. 

"Então é a SIC, pronto, mas eu vi aqui o microfone da RTP que tem sido mais insistente. Mas querem voltar a fazer as mesmas perguntas que faziam há dois meses e há três meses? Sinceramente, eu estou muito tranquilo com isso, ainda ontem estive na SIC, até a responder questões à volta disso", disse, referindo-se ao programa humorístico de Ricardo Araújo Pereira, não acrescentando mais nada. 

O 'flirt' com a IL

A AD tem dois partidos, mas há um que se ergue mais alto e que tem uma palavra a dizer sobre quem pode entrar no clube depois de 18 de maio. 

Parece que Nuno Melo não tem gostado das aproximações à Iniciativa Liberal, mas Montenegro não nega o flirt. 

"O que eu propus foi uma coligação aos portugueses para continuarem a acreditar neste governo e é essa que interessa agora. As conversas entre os partidos acho que existem e vão existir sempre, mas não é meu hábito distrair as portuguesas e os portugueses como mexericos políticos, quando aquilo que está em causa são opções estratégicas para o futuro do país", disse. 

A opção estratégica até 18 de maio também é manter a empresa familiar do primeiro-ministro longe da agenda e a AD está empenhadíssima nisso.