Eleições Legislativas

A ascensão do Chega: partido de Ventura domina um quinto do território nacional, apenas um distrito resiste

O Chega obteve resultados expressivos em regiões tradicionalmente de esquerda, como o Alentejo, onde em Moura alcançou quase 37% dos votos. Setúbal, Portalegre e outras regiões também registaram vitórias significativas do partido de André Ventura. 

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O Chega lidera agora 60 concelhos em todo o país. Apenas no distrito de Bragança não conseguiu eleger deputados. Em sentido contrário, em Moura, no Alentejo, o partido alcançou uma das maiores percentagens, com quase 37% dos votos.

No Baixo Alentejo, uma região tradicionalmente dominada pela esquerda, é agora André Ventura quem assume a dianteira. Os ventos mudaram e, pela primeira vez, sopram a favor do Chega. O partido venceu no distrito de Beja e, em Moura, não deu hipótese à concorrência.

A viragem à direita ficou bem evidente, com o Chega a conquistar quase 37% dos votos. Nem Alvito, terra natal de Mariana Mortágua e também situada no Alentejo, escapou à ascensão do partido liderado por Ventura.

Com a mensagem "Vamos Salvar Portugal", o Chega conquistou 60 concelhos, o equivalente a cerca de um quinto do território nacional. Portalegre foi um dos quatro distritos onde venceu.

Fez-se também história no distrito de Setúbal, onde o PS reinou durante três décadas. Agora, 7 dos 13 concelhos passaram para as mãos do Chega.

Mais a norte, na pequena freguesia do Paul, na Covilhã — tradicionalmente uma zona de esquerda — o partido de Ventura passou de terceira força a mais votada.

Apesar do crescimento a nível nacional, o Chega registou no distrito de Coimbra a sua votação mais baixa: apenas 18%. E foi somente em Bragança que não conseguiu eleger qualquer deputado.

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