Eleições Legislativas

Para quando um novo Governo? Presidente Marcelo aponta para meados de junho, depois dos feriados

Apesar de acreditar que os partidos farão um “esforço no sentido da governabilidade” face ao que se passa no mundo e na Europa, o Presidente da República admite que o PS precisa de “tempo” para fazer a transição na liderança. Quanto a um novo Governo, Marcelo acredita que em meados de junho a questão esteja resolvida.

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Cerca de 24 horas depois do fecho das urnas, o Presidente Marcelo falou com os jornalistas à porta do Palácio de Belém. Sem comentar resultados ou possíveis necessários futuros, o chefe de Estado justificou com uma "lição do passado” o porquê de não ouvir todos os partidos já esta terça-feira e considerou que o PS precisa de tempo para resolver a questão da transição na liderança.

Mas quando terá Portugal um novo Governo? “Há um calendário que começa já amanhã de manhã pelo PSD, depois à tarde com PS e Chega e nos dias seguintes até sexta-feira, porque temos mais um partido na Assembleia da República e serão 10, provavelmente ainda haverá na semana que vem uma nova hipótese de ouvir os partidos mais determinantes ao arranque do formação e programa do Governo que são, naturalmente, os partidos da coligação, o PS e o Chega. E veremos”.

Nessa altura, admite Marcelo, já serão conhecidos os resultados dos círculos da emigração - vão ser divulgados dia 28 - e “nesse momento já estamos em condições de ter uma ideia muito clara do calendário seguinte [mas] que no caso português é um bocadinho lento porque temos de esperar pela formação da AR e só depois avança a nomeação do Governo”.

“Da última vez penso que foi cerca de um mês, penso que não chegou a um mês. (…) Aqui a dúvida é como há o 10 de junho e uma série de feriados, se for possível ter pronto antes dos feriados muito bem, se não logo a seguir aos feriados"

Condições de governabilidade? Marcelo acredita que sim

Sem querer tecer quaisquer comentários sobre os resultados da noite eleitoral, o Presidente Marcelo vincou que o importante neste momento “é ouvir os partidos” mas, admitiu, “à primeira vista não há razões para considerar que os partidos não queiram colaborar na governabilidade, o mundo está como está, a Europa está como está e é do interesse português que haja um esforço de todos no sentido da governabilidade”.

“Agora interessa ouvir os partidos e saber qual a posição deles e ver como se situam neste panorama”, repetiu Marcelo

Questionado sobre o facto de não ouvir no mesmo dia todos os partidos com futura representação parlamentar, Marcelo disse que a “razão é simples” e resulta de uma “lição do passado”: uma hora era “um período curto” para analisar os resultados e falar sobre a situação internacional.

Além disso, e no caso particular do PS, “há uma substituição de liderança e é importante que [o partido] tenha tempo perceber qual é o processo, o tempo, o calendário de substituição, e posição em relação ao Governo”, sustentou.

[Notícia atualizada às 19:52]