A dois meses e meio das presidenciais no Brasil, Jair Bolsonaro atira em várias direções. Contra Lula da Silva, contra os candidatos que assinaram o manifesto pró-democracia e até contra o voto eletrónico. As sondagens avançam uma vantagem de Lula da Silva, mas analistas dizem que é cedo para ter certezas.
Em São Paulo, Jair Bolsonaro centrou as críticas em Lula da Silva, o ex-presidente e candidato que lidera atualmente as sondagens para as Presidenciais. Mas não ficou por aí: o atual presidente brasileiro que tenta a reeleição, atacou também os outros candidatos que assinaram um manifesto em defesa da democracia e da justiça.
Com críticas e ataques direcionados, o atual Presidente do Brasil responde às últimas investigações judiciais e aos pedidos de abertura de processos no Tribunal Eleitoral: Bolsonaro e o círculo próximo são acusados de incentivar a desinformação, divulgar pseudo-afirmações de fraude eleitoral. Em causa, estão as repetidas declarações sobre alegadas falhas no sistema de voto eletrónico.
Lula da Silva tem evitado responder diretamente a Bolsonaro e apelou à mobilização nas ruas. A pouco mais de dois e meses e meio da votação, as sondagens indicam uma vantagem de dez pontos de Lula da Silva sobre Jair Bolsonaro. Os analistas políticos sublinham que ainda é muito cedo para certezas políticas.
O número de eleitores registados é já um recorde: mais de 156 milhões de brasileiros podem votar a 2 de outubro e escolher quem vai ocupar o cargo mais alto da Nação, no palácio do Planalto, em Brasília.