O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, condenou esta quarta-feira o "cerco à democracia norte-americana" com violentos protestos e invasão do Capitólio, vincando que os resultados das eleições presidenciais "devem ser plenamente respeitados".
"Aos olhos do mundo, a democracia norte-americana aparece hoje à noite sob cerco. Este é um ataque invisível à democracia norte-americana, às suas instituições e ao Estado de direito", reagiu Josep Borrell, numa publicação na sua conta oficial do Twitter.
Numa altura de tensão em Washington, o Alto Representante da UE para a Política Externa vincou que "isto não é a América", adiantando que "os resultados eleitorais de 3 de novembro devem ser plenamente respeitados".
Josep Borrell disse, ainda, "louvar as palavras de Joe Biden", que pediu contenção.
"A força da democracia dos Estados Unidos prevalecerá sobre os indivíduos extremistas", concluiu o chefe da diplomacia europeia.
Charles Michel reage com "choque" a violência e pede transferência pacífica
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, reagiu "com choque" aos violentos protestos e invasão do Capitólio nos Estados Unidos, apelando a uma "transferência pacífica de poder" para o Presidente norte-americano eleito, Joe Biden.
"O Congresso dos Estados Unidos é um templo da democracia. Testemunhar as cenas desta noite em Washington é um choque", afirmou Charles Michel, numa publicação na sua conta oficial da rede social Twitter.
O responsável pediu, ainda, que os Estados Unidos "assegurem uma transferência pacífica de poder para Joe Biden", o vencedor das eleições presidenciais norte-americanas de novembro de 2020, numa altura de forte tensão em Washington.
Von der Leyen diz acreditar na "força da democracia" nos Estados Unidos
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse acreditar na "força da democracia" nos Estados Unidos.
"Acredito na força das instituições dos Estados Unidos e na democracia. A transição pacífica deve ser a base", escreveu Ursula von der Leyen, reagindo através da rede social Twitter às fortes tensões em Washington.
Lembrando que Joe Biden foi o vencedor das eleições presidenciais de novembro passado, Ursula von der Leyen adiantou estar "ansiosa por trabalhar com ele enquanto o próximo Presidente dos Estados Unidos".
França condena "grave atentado contra a democracia"
O ministro dos negócios estrangeiros francês, Jean-Yves Le Drian, condenou hoje as manifestações e a invasão por apoiantes de Donald Trump no Capitólio, em Washington, que constituem um "grave atentado contra a democracia".
"A violência contra as instituições norte-americanas constituem um grave atentado contra a democracia e nós condenamo-la. A vontade e o voto do povo norte-americano devem ser respeitadas", afirmou o chefe da diplomacia francês.
Costa condena incidentes no Capitólio e pede transição ordeira do poder
O primeiro-ministro, António Costa, considerou inquietantes os recentes episódios no Capitólio, em Washington, salientando que o resultado das eleições presidenciais norte-americanas deve ser respeitado, dando lugar a uma transição pacífica e ordeira do poder.
Esta posição foi transmitida pelo líder do executivo português na sua conta pessoal na rede social Twitter, numa mensagem em que diz estar a acompanhar "com preocupação os desenvolvimentos em Washington".
"São imagens inquietantes. O resultado das eleições deve ser respeitado, com uma transição pacífica e ordeira do poder. Confio na solidez das instituições democráticas dos Estados Unidos", escreve António Costa.
Boris Johnson condena "cenas vergonhosas"
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, condenou hoje as "cenas vergonhosas" da invasão do Capitólio, em Washington, por manifestantes pró-Trump e apelou a uma transição "pacífica e ordenada" do poder para o democrata Joe Biden.
"Cenas vergonhosas no Congresso americano. Os Estados Unidos são os defensares da democracia no mundo inteiro", escreveu o chefe do Governo do Reino Unido numa mensagem na rede social Twitter.
"É agora vital que haja uma transferência de poder pacífica e ordenada", acrescentou Boris Johnson.
Apoiantes de Donald Trump invadem o Capitólio
Apoiantes do Presidente cessante dos EUA, Donald Trump, entraram esta quarta-feira em confronto com as autoridades junto ao Capitólio, em Washington, enquanto os membros do congresso estavam reunidos para formalizar a vitória do Presidente eleito, Joe Biden, nas eleições de novembro.
A sessão de ratificação dos votos das eleições presidenciais dos EUA teve de ser interrompida devido aos distúrbios provocados pelos manifestantes pró-Trump no Capitólio.As autoridades de Washington D.C. já decretaram o recolher obrigatório entre as 18:00 e as 06:00 locais (entre as 23:00 e as 11:00 em Lisboa).
Pelo menos uma pessoa foi ferida por uma bala e a polícia teve de usar armas de fogo para proteger congressistas.O Presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que os violentos protestos ocorridos no Capitólio foram "um ataque sem precedentes à democracia" do país e instou Donald Trump a pôr fim à violência.
Pouco depois, Trump pediu aos seus apoiantes e manifestantes que invadiram o Capitólio para irem "para casa pacificamente", mas repetindo a mensagem de que as eleições presidenciais foram fraudulentas.