Eleições nos EUA

Bombeiro da Florida investigado por participação no assalto ao Capitólio

O bombeiro aparece numa fotografia em frente ao escritório de Nancy Pelosi, presidente da Câmara de Deputados dos Estados Unidos.

Bombeiro da Florida investigado por participação no assalto ao Capitólio
STRINGER

Um bombeiro da Florida está a ser investigado pela sua participação no ataque por partidários do Presidente cessante, Donald Trump, no Capitólio em Washington durante o processo de certificação para a eleição do democrata Joe Biden como novo Presidente.

O Corpo de Bombeiros de Sanford, ao norte da cidade de Orlando, no centro da Florida, anunciou esta quinta-feira que a investigação é baseada numa fotografia na qual o bombeiro Andy Williams é visto a usar um boné de Trump dentro do Capitólio.

"Estamos cientes e o bombeiro é funcionário do Corpo de Bombeiros de Sanford", afirmou a instituição em nota.

O bombeiro aparece numa fotografia em frente ao escritório de Nancy Pelosi, presidente da Câmara de Deputados dos Estados Unidos.

Por sua vez, o governador da Florida, Ron DeSantis, aliado político de Trump, condenou esta quinta-feira os protestos e disse que os responsáveis deveriam ser "severamente punidos".

O republicano aproveitou a oportunidade para promover uma polémica lei antidistúrbios que propôs em setembro passado, depois de protestos do movimento liberal Black Lives Matter ("Vidas Negras Importam").

DeSantis, que evitou apontar o culpado por trás dos violentos protestos no Capitólio, disse que estes eram "inaceitáveis" e que a iniciativa antidistúrbios do seu governo vai evitar que eventos semelhantes aconteçam na Florida.

Essa iniciativa imporia penalidades criminais a qualquer pessoa que danificar propriedades, cause ferimentos ou destrua propriedade pública durante um protesto.

Apoiantes do Presidente cessante dos EUA, Donald Trump, entraram em confronto com as autoridades e invadiram o Capitólio, em Washington, na quarta-feira, enquanto os membros do congresso estavam reunidos para formalizar a vitória do Presidente eleito, Joe Biden, nas eleições de novembro.

A sessão de ratificação dos votos das eleições presidenciais dos EUA foi interrompida devido aos distúrbios provocados pelos manifestantes pró-Trump no Capitólio, e as autoridades de Washington D.C. decretaram o recolher obrigatório entre as 18:00 e as 06:00 locais (entre as 23:00 e as 11:00 em Lisboa).

A polícia usou armas de fogo para proteger congressistas e pelo menos uma mulher morreu no interior do Capitólio depois de ter sido baleada, segundo fontes citadas pela Associated Press. A polícia está a investigar o incidente, mas não adiantou as circunstâncias do disparo. Mais três vítimas mortais resultaram da tentativa de ocupação do Capitólio pelos apoiantes de Trump.

Quatro horas após o início dos incidentes, as autoridades declaram que o edifício do Capitólio estava em segurança.

O Presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que os violentos protestos ocorridos no Capitólio foram "um ataque sem precedentes à democracia" do país e instou Donald Trump a pôr fim à violência.

Pouco depois, Trump pediu aos seus apoiantes e manifestantes que invadiram o Capitólio para irem "para casa pacificamente", mas repetindo a mensagem de que as eleições presidenciais foram fraudulentas.