André Ventura ficou de pensar num eventual apoio do Chega a Henrique Gouveia e Melo. Mas o almirante diz que não precisa nem deseja “apoios de nenhum partido” e mostra-se empenhado em demarcar-se do partido que ficou em terceiro nas últimas legislativas.
“[Dizem que] É preciso voltar a dar prisão perpétua, é preciso castrar quimicamente os predadores sexuais. Há aqui um conjunto de soluções radicais que permitem criar todo um discurso perigosíssimo”, afirma Henrique Gouveia e Melo.
O homem favorito à vitória nas Presidenciais, que no passado liderou o processo de vacinação contra a Covid-19, diz que luta “no centro”, porque “nos extremos não há soluções ou há soluções simples que são as utopias”.
“Não se preocupe que eu não emprestar a minha farda nem a minha autoridade a nenhum extremismo.”
Solução dentro de portas?
André Ventura garante que chegam as palavras de Gouveia e Melo e que o partido que lidera “tem muito bons quadros”, apontando à possibilidade de um candidato interno.
“Mesmo que eu não seja candidato presidencial, não significa que o Chega não tenha um candidato presidencial”, diz Ventura.
O Chega acredita que não faz sentido apoiar um candidato que não quer ser apoioado e que se tem afastado da linha política do partido em assuntos como combate à corrupção, segurança ou a imigração.