Diogo, conhecido como o miúdo discreto e reservado, domina as conversas de uma vila com pouco menos de oito mil habitantes que sofreu nas penalidades com o homem da terra que foi na segunda-feira o homem do jogo.
"Não há palavras para definir. Graças a ele Portugal continua na Alemanha, senão já tínhamos vindo (...) é um orgulho para Vila das Aves", diz Raúl Ferreira, morador de Vila das Aves.
"Eu contactei logo a avó para lhe dar os parabéns (...) Estamos muito felizes por saber que temos ali um jogador", conta Madalena Neto, habitante da vila em Santo Tirso.
Dizem que era uma criança que só via a bola à frente, o seu primeiro treinador viu mais longe: "Começou como jogador porque ele gostava era de marcar golos, ele chutava muito bem. Chutou sempre, isso ninguém lhe ensinou, ele tinha isso, nós só o treinámos", explica Adílio Pinheiro, o primeiro treinador de Diogo Costa.
Foi neste campo, em Vila das Aves, que descobriu a vocação na baliza.
"Queria ir à baliza de vez em quando porque toda a gente vai à baliza, ninguém consegue saber se o miúdo tem aptidões se não o puser de vez em quando. E ele: ‘eu não quero ser guarda-redes, eu quero marcar golos’. E eu dizia: ‘também podes marcar golos na baliza que eu não me importo’. E ele: ‘mas eu não me quero atirar para o chão’, e eu também lhe disse: ‘não precisas de te atirar para o chão, eu quero é que tu te metas à frente da bola’", relembra Adílio Pinheiro.
É já um exemplo para os mais novos que começam agora a dar os primeiros toques na bola: "O meu nome é Eduardo, tenho oito anos, jogo futebol há um ano e meio. Quero ser como o Diogo Costa porque ele é um guarda redes exemplar, nunca se deixa cair pelo que acontece, foi por causa dele que eu me tornei guarda-redes", conta Eduardo.